Vestida de pedras
vomitando flores
a letra ressurge
do pântano das dores.
Mãos prazenteiras
com olhos de aço
crepitam em fogueiras
sem alma ou regaço
Consumando a vida
nasce a morte
de amor desprovida
lançando medo e... sorte
Ilusão sem mente
traição sem punhal
ela lhe mente
sem lhe querer mal.
A letra esconde,
mostra e desdenha
despedaça e sente
de vácuo já prenha
A letra linha, a página cheia,
todos os livros desta colmeia...
Luas e sóis sem chão ou ar
me comem por dentro
sem o teu olhar...
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Comentários
Obrigada a todos pelos super lindos comentários. Nem sei o que dizer.
Um ano cheio de realizações. Beijinhos
Elegantemente as palavras brincam em teus versos.
Sensacional.
Parabéns.
o título e a curiosidade se completam na preciosidade da sua versificação cheio de jogos de sedução, permita-m RZorpa de reassumir a sua visão. Aplausos
Uma verdadeira preciosidade. Muito sedutora a forma como nos capta a atenção numa vertigem pelo ritmo e balançar das palavras. Sinceramente vibrante!
O brilho das palavras - especialmente garimpadas,cadenciadas - se acentuam em rimas que galanteiam, reforçam e presenteiam o leitor embevecido... irretocável ! PAOLO LIM.
Brincas com as letras, não as maltrata, por isso elas gostam de ti.
A letra, unidade indivisível das palavras e dos poemas. Pode mentir, mas o mais das vezes embeleza nosso olhar e fustiga a emoção. Que tuas letras continuem construindo belas palavras e sobretudo sofisticados poemas como este com que nos presenteia.
Verve poética inteligente e sensível. Além de bela.
Parabéns, querida Rosa!
Beijosssssssss
Que lindo...bom demais ler-te querida..bjs azuis