Sempre te contei histórias
Da vida indecisa…
Mas continuo à espera
De poder pegar na tua mão
Falando para ti convicto
Que me digas vem deitar-te comigo
E amam-me…!
Sem duvidada aceitarei e me perdoarei
Da incúria do tempo que te faltei.
Sempre tive medo da imperfeição
Hoje apercebo-me que estou perdendo a razão.
Os anos estão a passar, sinto-me envelhecer
O vento que me empurrava, hoje ecoa à distância
Como uma melodia melancólica e morta.
Sei que sempre serei um estranho solitário
Talvez venha a envelhecer mais rápido
Do que o desejado, mas enquanto respirar lutarei
Para que cada dia tenha valido a pena
Despejando a tristeza como folhas de alfazema
Talvez eu continue a enfrentar inúmeras
Desilusões no decorrer da minha vida
Mas farei que elas percam a importância
Diante dos gestos de amor…!
Mesmo sabendo, que posso não ter força
Para realizar as minhas ideias.
Jamais irei considerar um caso desvanecido
Se o Sol deixar de brilhar, caminharei triste
Ao saber que não consigo seguir o ritmo do teu olhar
Seguirei os compassos dos meus passos
Como sempre! viajarei em procura de algo novo.
Noutrora quando as noites eram frias e escuras
Eu vagueava em ti…!
Nesses dias pensava que os meus olhos
Te viam perto de mim. Confiava na minha cegueira
Tudo era uma ilusão.
Prova essa, que mostra que não estas mais aqui
Por isso sinto que estou a envelhecer
As palavras que eu fazia dançar…!
Hoje não as consigo acompanhar
Que o tempo envelheça a minha alma
Mas que não envelheça as minhas emoções
Para que eu não morra sem sentimentos benévolos
Um dia já com os dedos cansados
Escreverei a história da minha vida
Certificando-me que só eu segurarei a caneta
E aí sim, sentirei o mundo, ser mais belo
De olhos fechados…!
Joaquim Moreira
12-03-2016
Comentários
Bom dia Críspulo Cortés Cortés obrigado por ler os meus textos um abraço!