Partida silenciosa
De Té
Porque choras alma
Formoso lírio, de campos floridos
Quem te arrojou, para o escavo escuro
Te converteu amargurada, e emudecida
Quem te dispôs, assim tão ferida
Nessa amargura espinhosa
Quem te ofuscou, a luz da alegria
Quem te arrebatou a imaginação
Quem te desgarrou do amor
E te pôs no trilho da dor
Força amarga e impiedosa
Desfez prazer voluptuoso e feliz
Tornou-te treva que voeja
pelas sombras negras da tristeza
Atormentada e deserta
Quem foi a alma que te abnegou
Teu corpo lindo, teu rosto belo, tua alma serena
E esses véus tristonho te encobrem.
Dos sonhos dos desejos dos ideais
Desse sorrir dessa fé, dessa esperança
descomprime essa dor silenciosa.
Abre teu coração vê como o sol brilha
Olha o céu no seu manto de veludo
Os pássaros chamando a primavera
O prado verdejante num floreado de mil cores
As fontes refrescante,os rios que correm apressados
Vão alegres cantantes enamorados
Porque caminhas nas sombras negras da tristeza?
Ah! não façam conjecturas de mim.
Perdi-me do caminho e regresso ao meu deserto.
É lá onde me vou encontrar...
É lá onde está o meu lugar...
Por aqui perdi meu sonho e minha paz
E levo o meu bem, e o meu mal, que em mim se perdem.
Perdi-me de mim … volto ao lugar donde sai
E se choro é porque ainda sou capaz.
Parto e deixo alguma coisa que ainda me fez sorrir
Meus versos que não saberás compreender
De Té
Etelvina Costa
06-05-2017
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Comentários
Belíssimos versos, Té. Parabéns.
Obrigada querida ... com muito prazer recebo sua apreciação mais uns versos Margarida que já vão fazendo parte de um passado que vou tentando esquecer . Nada é perene ..os caminhos têm sempre um fim . beijinhos
Querido amigo Elias mais um gusto que aprecio gracias abraço
Muito me honra sua presença grata Francisca por sua apreciação de meu poema .. um poema de vida condoida de um tempo que se afasta . beijo